E
assim aconteceu
A
porta se fechou
O
mundo se trancou lá fora
O
medo, então, cresceu
O
povo se assustou
Com
tanta vida indo embora
A
falta de confiança
A
sede de alegria
A
fome de quem ia ao desalento
Gritaram
eloquentes
Ao
coração do artista:
O
que farás, irmão, dos teus talentos?
O
que farás, irmã, dos teus talentos?
O
que faremos nós destes talentos?
E a
arte então ganhou
Caminhos
virtuais
Por
onde aliviar a dor
E a
gente descobriu
Do
que era capaz
Criando
elos de amor
Criando
elos de amor
Que
brilhe a nossa luz
Multiplicando
os sons
Que
cada poema leve a paz aonde não houver
Que
os olhos do ator
Neguem
a solidão
Porque
a alma, como o vento, sopra onde quer
Cantar
a vida além
Do
ser que é imortal
Versos
de falem de esperança e de um Amor sem fim
Interpretar
o bem
Dançar
na própria luz
Fraternidade
semeando rimas nos jardins